terça-feira, 31 de março de 2009

Velha aos 18?

Outro dia, eu me peguei falando a fatídica frase “Na minha época...”. Agora pouco, me peguei pensando num motivo de eu ter proferido tal sentença tão cedo. Cheguei a conclusão de que o tempo passou muito rápido. Num dia, estou subindo da árvore da pré-escola e no outro, estou entrando na faculdade.
Na época que eu tinha meus 6 anos, Plutão era planeta e “bater tazo” era a diversão de uma criança. Hoje, Plutão foi rebaixado de posto e tazos viraram artigo de exposição.
Não estou querendo dizer que tenho saudades da “aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais”, mas quero dizer que as tecnologias de hoje afetam a infância de certo modo. E faz com que a minha infância seja obsoleta aos olhos de um guri de 10 anos.
Venho de uma época não tão distante que pular amarelinha era legal, que não se existia MSN [o ICQ, talvez], que toda garota dançava “Bom xibom, xibom, bombom”, Macarena, qualquer música de qualquer boy band, que os anos 2000 seriam iguais aos dos Jetsons...entre outras coisas era a coisa mais cool que uma criança podia fazer.
Ah! E não esqueçamos das incasáveis horas que víamos Tom correr atrás do Jerry aos sábados de manhã. Nem das tantas vezes que mamãe teve que comprar figurinhas do Pokémon. E como eu poderia esquecer das vezes que treinamos “Um beijo pra minha mãe, pro meu pai e especialmente pra Xuxa”
Após parar pra pensar mais um pouco, chego à outra conclusão que não, não estou velha. O mundo girou mais rápido do que deveria (ou será que girou mais rápido do que pensei?) e nesse giro virei adulta, apesar de não me sentir como uma. Será que quando eu fechar os olhos para dormir hoje, amanhã acordarei casada e com filhos 30 anos mais velha? Não custa tentar.