sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Inquietções Familiares

A família deveria ser nosso porto seguro, uma rede de apoio e afetos, que desde o ventre materno nos acolhe.
Deveria, mas nem sempre é assim. Às vezes, quando precisamos de palavras amigas, tudo o que ouvimos são palavras duras que nos ferem e nos machucam.
Quando precisamos de reconhecimento, tudo o que nos dizem é que não fizemos nada além de nossa obrigação.
Quando fazemos burrada, tudo o que fazem é apontar os erros nossos e condenar-nos culpados sem julgamento prévio.
Às vezes, nascemos em meio a um eterno conflito de gerações, que somos obrigados a escolher um lado e carregar rancores e mágoas que não são os nossos.
Eles não percebm mais isso nos afeta, nos machuca.
A família tem que ser o nosso colo e não, os primeiros a apontar nossos defeitos. Se precisamos de apoio, de palavras amigas ou um reconhecimento por algum feito nosso, quer dizer que não encontramos tudo isso lá fora e precisamos buscar naqueles que amamos.
O amor e o carinho deveriam ser encontrados nas famílias, além de um pouco de tempo para se ouvir, respeito para se conviver e alguma troca. Afinal, todas as relações humanas são baseadas na troca de algo.
O seio familiar é o primeiro local em que temos contato com essa troca. Recebemos o que eles tem a dar e damos o que eles tem a receber, mesmo, às vezes, eles achando que somos novos demais para tal coisa.
Ao lavar a louca, gostaríamos de ouvir um "muito obrigado". Ao tirar uma boa nota, seja na escola ou no colégio, seria muito bem-vindo um "Parabéns". Ao realizarmos algo, queremos ser motivo de orgulho e não de indiferença.
Por quantas vezes, ouvimos o mundo nos aplaudir de pé e os lugares da nossa família, na platéia, vazios. Não queremos os aplausos de estranhos, às vezes, e sim, aqueles que nos é familiar.
Será que querer a família cumpra seu papel de nos dar base e suporte para voar é esperar demais deles? Será que a família se tornou um grupo de indivíduos que apenas compartilham o mesmo sobre nome e laços consanguíneos? Pensem nisso.

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