segunda-feira, 23 de maio de 2011

A menina e o silêncio

A mãe sempre dizia que era uma criança diferente. Não fazia barulho quando estava sozinha e, por vezes preocupada, a mãe vinha ver se a pequena menina estava bem. A mãe compreendeu que a filhinha, apesar de ser uma criança falante e alegre, precisava de seus momentos de silêncio e passou a não se preocupar.
A menina crescia dessa maneira: falante e extrovertida, porém com os seus momentos de silêncio, que para os outros membros da família eram confundidos com tristeza ou mesmo fome. Passava algumas horas sozinha e gostava daquilo. Aquilo a tranquilizava, acalmava seu coração.
Aqueles momentos eram como se fossem conversas com Deus. Conversas silenciosas, profundas e cheias de amor, conversas nas quais a menina podia ser sincera, podia ficar brava, podia dividir as inquitações e preocupações diárias que carregava em seu jovem coração. Por vezes chorava, por vezes doía e todas às vezes, mesmo em sem que uma palavra saisse de seus lábios, era confortada, renovada, ficava em paz.

Um comentário:

  1. Seria tão bom se os seres humanos respeitassem uns aos outros, em todos os sentidos, e principalmente se pudessemos entender quando as pessoas precisam de um abraço, um sorriso ou simplesmente ficarem sozinhas; que utopia, fazemos tudo errado, mesmo sem querer muitas vezes nos intrometemos no momento de refelxão de alguém só porque achamos que este alguém precisa ouvir algo, e outras vezes quando deveríamos dizer algo não dizemos, pobres mortais, erramos tentando acertar, que "louco" isso.....

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