A mãe sempre dizia que era uma criança diferente. Não fazia barulho quando estava sozinha e, por vezes preocupada, a mãe vinha ver se a pequena menina estava bem. A mãe compreendeu que a filhinha, apesar de ser uma criança falante e alegre, precisava de seus momentos de silêncio e passou a não se preocupar.
A menina crescia dessa maneira: falante e extrovertida, porém com os seus momentos de silêncio, que para os outros membros da família eram confundidos com tristeza ou mesmo fome. Passava algumas horas sozinha e gostava daquilo. Aquilo a tranquilizava, acalmava seu coração.
Aqueles momentos eram como se fossem conversas com Deus. Conversas silenciosas, profundas e cheias de amor, conversas nas quais a menina podia ser sincera, podia ficar brava, podia dividir as inquitações e preocupações diárias que carregava em seu jovem coração. Por vezes chorava, por vezes doía e todas às vezes, mesmo em sem que uma palavra saisse de seus lábios, era confortada, renovada, ficava em paz.
Seria tão bom se os seres humanos respeitassem uns aos outros, em todos os sentidos, e principalmente se pudessemos entender quando as pessoas precisam de um abraço, um sorriso ou simplesmente ficarem sozinhas; que utopia, fazemos tudo errado, mesmo sem querer muitas vezes nos intrometemos no momento de refelxão de alguém só porque achamos que este alguém precisa ouvir algo, e outras vezes quando deveríamos dizer algo não dizemos, pobres mortais, erramos tentando acertar, que "louco" isso.....
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